Debatia-se a Raposa
num poço lôbrego e fundo,
ovê espreitando um bode
com um ar meditabundo.
"Compadre se andas com sede
e queres água bem fresquinha,
dá um salto cá pra baixo
que está é boa e limpinha".
Pula o bode e logo a astuta
ao dorso e chifres lhe salta,
e assim chega á superfície
que antes era muito alta.
Olha! Agora-grita-lhe ela-
fica-te aí com paciência.
O que te sobeja em barab
falta-te em inteligência.
in Vulpes Fabulosa de Elviro Rocha Gomes, 1960
Sem comentários:
Enviar um comentário